“NADA SUBSTITUI A PREVENÇÃO”, DIZ DRA. LUCIANA NO DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A AIDS

No Dia Mundial de Luta Contra a Aids a nossa reportagem conversou com a Dra. Luciana Santos de Almeida Oliveira, Farmacêutica e Bioquímica, responsável do Laboratório Vida.

Luciana fez um resumo histórico da doença, desde quando ela surgiu na África nos anos 80, passando pela atuação dos Estados Unidos no que se refere a divulgação de pesquisas sobre a síndrome, culminando com a intensificação de pesquisas no Brasil a partir dos anos 90, através das bolsas de sangue nos Hemocentros.

Sobre a incidência de Aids na cidade, ela disse que não tem números oficiais, mas a Vigilância Epidemiológica do Município dispõem de dados sobre o tratamento. Porém esses dados podem não corresponder totalmente a realidade de afetados, uma vez que existem pacientes que preferem fazer o tratamento em Aracaju para manter uma maior discrição.

O primeiro exame, conhecido como triagem, mesmo apresentando sinais que o paciente é soropositivo, não é suficiente para um resultado definitivo. Então o laboratório que fez a análise, liga para o médico que tenha solicitado o exame e uma segunda análise é realizada. Depois de trinta dias da segundo exame, o paciente é levado para fazer o teste confirmatório, pois em muitos casos o primeiro (triagem) pode dar falso positivo, e é na terceira fase que se tem a certeza se a pessoa é ou não portadora do HIV.

Ela informou que o falso positivo muitas vezes aparecem nos exames devido a algumas vacinas positivarem para HIV, mas o paciente não é portador da doença.

Apesar dos avanços no tratamento da Aids, segundo ela, nada substitui a prevenção, destacando como fundamental o sexo seguro, pois a maior probabilidade de contaminação é através da relação sexual. Existe também o risco pelo parto e pela amamentação, mas não tão grande quanto a relação sexual.

Ela informa que o paciente em tratamento tem uma vida normal devido aos anti-retrovirais, pois a indústria farmacêutica investiu muito nesse tipo de medicamento e os efeitos colaterais são amenizados.

A orientação é que a pessoa, uma vez identificada como um soropositivo, procure um centro de saúde especializado para fazer o tratamento e garantir, mesmo com a doença, uma qualidade de vida, sem prejuízo para sua rotina normal, já que com os novos medicamentos, isso é perfeitamente possível.

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