Novo naufrágio em ilha grega deixa 34 mortos, entre eles quatro bebês

Os cadáveres de outros seis migrantes foram encontrados neste domingo (13) na costa da Grécia, elevando para 34 o número de mortos no naufrágio de uma embarcação com cerca de 100 imigrantes e refugiados a leste da ilha grega de Farmakonisi, no sul do mar Egeu, perto do litoral da Turquia.

Até as 12h do horário local, o número de vítimas era de 28. Mas a Guarda Costeira grega conseguiu resgatar mais seis mortos (um menino, quatro mulheres e um homem).

Com isso, chegou a 15 o número de crianças mortas no naufrágio: quatro bebês e onze crianças (cinco meninas e seis meninos).

A operação foi iniciada após a Guarda-Costeira grega receber um alerta de auxílio. Depois de ser avisada, resgatou do mar 68 pessoas. Outras 29 conseguiram chegar nadando à praia de Farmakonisi.

Esse é o terceiro naufrágio com mortos durante o fim de semana. No sábado (12), uma embarcação com quatro menores e um adulto desapareceram após uma embarcação de plástico ter virado nas proximidades de Samos. Os trabalhos de busca para encontrá-lo ainda não deram nenhum resultado.

A Organização Internacional para as Migrações indicou que mais de 430 mil migrantes e refugiados cruzaram o Mediterrâneo com destino à Europa durante o ano, e contabilizou em 2.748 os que morreram ou desapareceram nesta tentativa. Deste total, cerca de 310 mil chegaram à Grécia, que ficou sobrecarregada.

“A Grécia aplica rigidamente os tratados europeus e internacionais sem ignorar o humanismo e a solidariedade”, declarou neste domingo a primeira-ministra interina, Vassiliki Thanou, de visita a Mitilene, na ilha de Lesbos, na linha de frente na chegada de migrantes.

Também considerou inaceitáveis as críticas contra Atenas pela forma como administra a crise.

A chanceler alemã, Angela Merkel, convocou no sábado a Grécia a proteger melhor as fronteiras externas da UE e convocou um diálogo com a Turquia, por onde transitam muitos migrantes provenientes, sobretudo, da Síria.

“A Grécia também deve assumir suas responsabilidades” na proteção das fronteiras externas da UE, já que ela “não está atualmente garantida”, disse Merkel.

Fonte: G1