A Quadrilha Pé no Chão surgiu em 1988, de um casamento caipira que terminou numa apresentação de quadrilha, como mandava a tradição à época. Um ano depois, a Pé no Chão já era a principal atração do antigo Arraiá da Rua da Ribeira.
Este ano a entidade junina volta a homenagear Luiz Gonzaga. Com a temática Encontros de Gonzagão na Sua Volta Para o Sertão, a Quadrilha Pé no Chão retratará de forma teatral a história do ícone da música nordestina em suas apresentações, em especial no tradicional Arraiá do Galinho da TV Aratu, que será realizado neste sábado, 03, no Parque de Exposições de Salvador.
Sobre mais uma apresentação no Arraiá do Galinho da TV Aratu, Cícero Cavalcanti, em entrevista ao Programa Rádio Revista da Pombal FM, disse que chegar lá não foi fácil, e a meta no momento é permanecer porque o evento se resume a um grupo muito reduzido de quadrilhas, e só está nele quem já conquistou algum título, ressaltando que a vaga da Pé no Chão veio devido à conquista do vice-campeonato estadual no concurso de quadrilhas em 2015. “É difícil de entrar e fácil de sair. Então a nossa luta é nos mantermos nesse grupo do Arraiá do Galinho”, disse em tom de humildade.
Cícero Cavalcanti, no estúdio da Pombal FM, entre os comunicadores Joilson Costa e Tony Santos
Mas antes de viajar para Salvador para a apresentação, neste sábado, no Arraiá do Galinho, a Quadrilha Pé no chão apresenta nesta sexta-feira, 02, à noite, na Praça da Juventude, durante o Lançamento do Projeto Junino 2017 em Ribeira do Pombal, o seu figurino e um pouquinho de sua temática.
Atualmente a Quadrilha Pé no Chão está organizada juridicamente por uma associação fundada em 2003, e pode, inclusive, não só ela como qualquer entidade artística e cultural legalmente constituída, celebrar convênio com a municipalidade amparada por uma lei, aprovada pela Câmara, de incentivo à entidades de caráter social e cultural.
Segundo Cícero Cavalcanti, esse Projeto de Lei veio em boa hora porque não só a sua associação como as demais existentes no município poderão firmar convênios com a municipalidade e assim desenvolver projetos de inclusão social, principalmente focados na juventude.
Ele disse que a Associação tem como objetivo criar sua própria fábrica para costurar as fantasias usadas pela quadrilha e trabalhar com reciclagem, tendo nisso uma fonte de renda e geração de emprego para os jovens, unindo cultura e ao aspecto social.
Ainda, segundo Cícero, esse é um passo importante para a profissionalização da quadrilha, conforme orientação do Movimento Quadrilha Brasileiro, tendo em vista buscar parceria não só com a esfera municipal, mas também estadual e federal.
A Quadrilha Pé no Chão hoje conta com cerca de oitenta integrantes, sendo aproximadamente cinquenta dançarinos, e outras trinta pessoas que se dividem entre músicos, técnicos, motoristas, equipe de apoio e diretoria.
Redação e foto localhost/sitepombal
Imagem: textoecia.com.br
