Fonte/Imagem: Correio da Bahia
Os bancários da Bahia negaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) e aderiram à greve nacional por tempo indeterminado a partir da próxima terça-feira (6). Segundo o sindicato que representa a categoria, o reajuste salarial proposto foi de 6,5%, que representaria perda salarial de 2,8%, e abono de R$ 3 mil. A decisão foi tomada em assembleia, na noite desta quinta-feira (1º), no Ginásio de Esportes do Sindicato, ladeira dos Aflitos.
Ainda de acordo com o sindicato, a categoria quer reajuste salarial de 14,78%, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 8.317,90, além de mais contratações, investimento em segurança e melhores condições de trabalho.
“Precisamos fazer da campanha um momento de elevação da consciência política. Vamos fazer uma mobilização permanente para derrotar os patrões, que integram o setor mais lucrativo da economia nacional”. Na próxima segunda-feira (6), o Sindicato realiza nova assembleia para organizar a paralisação, no Ginásio.
Greve nacional
Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), bancários de algumas cidades e estados ainda farão assembleias nesta sexta-feira (2) para decidir se aderem, ou não, à paralisação nacional. Segundo a Contraf, a proposta da entidade patronal não cobre a inflação do período, projetada em 9,57% para agosto deste ano.
Entre as cidades e os estados que tiveram assembleias em que os bancários confirmaram a greve estão Alagoas, Bahia, Ceará, Goiás, Espirito Santo, Tocantis, Maranhão, Espírito Santo, Pernambuco, Pará, Sergipe, Cuiabá, Curitiba, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, e cidades dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, como as duas capitais, Campinas (SP), Bauru (RJ), Angra dos Reis (RJ) e Campos dos Goytacazes (RJ).
A Fenaban foi procurada mas não foi encontrada para falar sobre a greve dos bancários. Em seusite, a entidade disse que a proposta enviada aos bancários “mostra o empenho dos bancos por uma negociação rápida e equilibrada, capaz de garantir a satisfação e o bem-estar dos empregados do setor em um momento de dificuldades e incertezas na economia brasileira.”
Já a federação dos trabalhadores diz, também em seu site, que “o lucro dos cinco maiores bancos (Itaú, Bradesco, Banco do Brasil, Santander e Caixa) no primeiro semestre de 2016 chegou a R$ 29,7 bilhões, mas houve corte de 7.897 postos de trabalho nos primeiros sete meses do ano”.