O casal de indígenas baianos, Taynã Andrade Tupinambá, de 59 anos, e Xawã Tupinambá, de 42, conseguiu a inclusão da etnia no registro civil após tentativas que duravam cerca de 10 anos.
Segundo informações da Defensoria Pública da Bahia (DP-BA), ambos percorreram muitas comarcas e contrataram diversos advogados até que o órgão em Ilhéus, município localizado no sul do estado, passou a acompanhar o caso.
Na última quarta-feira(14), o casal de indígenas finalmente teve acesso às novas certidões de nascimento e deixou no passado os antigos registros, Faustiraci Andrade dos Santos e Rômulo Santos Pinheiro, respectivamente, como se chamavam anteriormente.
“Ter esse nome étnico, Taynã e Xawã Tupinambá, é um resgate à memória dos nossos ancestrais. É um resgate de várias nações que são esquecidas, massacradas por preconceitos, discriminações e etnocídios. São muitas histórias que se misturam e muitas emoções que vêm à tona”, relembrou Taynã Tupinambá.
Xawã Tupinambá explica que o seu nome dela significa “Os Primeiros Raios de Guaraci (sol)”, ou ainda “Estrela da Manhã”. Já o do marido, “Arara Vermelha”.
Ambos possuem também um reconhecido trabalho na defesa da história e cultura indígena do povo Tupinambá de Olivença, na região sul da Bahia, e já participaram de diversos eventos culturais e artísticos.
Fonte: G1 Bahia.