Na Bahia, as quadrilhas também continuam tirando o sossego das transportadoras, principalmente dos caminhoneiros, que passam momentos de terror nas mãos dos bandidos. Nesta quinta-feira (6), policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos
O roubo de cargas no Brasil teve um crescimento de 16% no ano passado, provocando um prejuízo de R$ 1 bilhão. Segundo levantamento feito pela Associação das Transportadoras, as ações das quadrilhas especializadas em roubo de cargas acontecem de Norte a Sul do pais, sendo que a região Sudeste continua na liderança do total de casos.
Na Bahia, as quadrilhas também continuam tirando o sossego das transportadoras, principalmente dos caminhoneiros, que passam momentos de terror nas mãos dos bandidos. Nesta quinta-feira (6), policiais da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos de Cargas (Decarga) de Feira de Santana, sob o comando do delegado Matheus Souza, conseguiram recuperar duas carretas carregadas com milho e sementes de algodão, que foram roubadas na região de Arací. Os assaltos aconteceram na semana passada. As cargas totalizam aproximadamente R$ 50 mil.
De acordo com a polícia, as carretas com as respectivas cargas foram localizadas na localidade conhecida como Mangabeira, no município de Muritiba, no recôncavo. Uma pessoa que estava no local foi detida e depois liberada.
Os dois caminhoneiros que foram vítimas das quadrilhas estiveram na Decarga para recuperar os veículos e as cargas, e contaram ao repórter Denivaldo Costa, o momento de pânico que passaram em poder dos bandidos. Segundo eles, além das cargas, os bandidos também estavam interessados nos veículos, pois segundo uma das vítimas, um dos cavalos mecânicos custa aproximadamente R$ 380 mil e a carreta em torno de R$ 80 mil.
Robson Amorim contou que foi surpreendido por quatro homens que estavam em um veículo Fox, preto. Um deles assumiu a direção da carreta, enquanto o outro o obrigou a ficar deitado, e os outros dois comparsas davam cobertura no carro de passeio. Bastante nervoso com a situação, o caminhoneiro contou que os bandidos falavam para manter a calma, mas só ficou tranquilo quando foi liberado.
Seu colega de profissão, Maurício L. da Silva, disse também ficou cerca de 5 horas em poder dos bandidos. “Perguntaram o que era a carga, quanto valia, pra onde ia, me amarraram deitado na cama com a cabeça virada pro colchão e mandaram ter calma, mas na hora o pânico é grande. Deram umas voltas e mandaram entrar na mata, eu e outro”, contou a vítima. Sobre o que se passava por sua cabeça, o caminhoneiro revelou emocionado: “pensava em minha família, minha esposa e minha menina”.
Apesar do susto, revelaram que precisam trabalhar, mas um deles disse que evitará rodar à noite. “Tem que trabalhar, a vida da gente é essa”, concluiu Maurício. A Decarga continua com as diligências para identificar os bandidos.
Fonte: Central de Polícia