Dólar volta para R$ 3,70 e fecha na menor cotação em 2 meses; Bolsa sobe

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O dólar fechou esta quarta-feira (25) na menor cotação em dois meses, enquanto os mercados globais observavam o resultado da reunião de representantes dos Estados Unidos e da União Europeia e aguardavam sinalizações de trégua na guerra comercial entre as duas potências.  O dólar comercial caiu 1,14%, para R$ 3,703 -em 25 de maio, fechou em R$ 3,669. Na mínima do dia, a moeda americana chegou a R$ 3,699. O dólar à vista recuou 0,82%, cotado a R$ 3,7105.

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas da Bolsa brasileira, subiu 1,34%, a 80.233,42 pontos, no maior patamar desde 23 de maio (80.867,29 pontos).  Segundo Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da Treviso Corretora, o dólar perdeu força porque houve desmonte de posições compradas. “Vimos um grande desmonte das apostas do mercado na alta do dólar”, afirma. Das 31 principais divisas do mundo, 27 se valorização em relação ao dólar, mas o real liderou o avanço impulsionado ainda pelo otimismo dos investidores com sinalização no cenário político local.

“O mercado está surfando na possibilidade de o centrão aderir à candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB) e dar corpo à sua eleição. O mercado compreende que ele é o candidato disposto a fazer as reformas que investidores entendem como necessárias para a economia”, completa Galhardo.

BOLSAS

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o chefe da UE, Jean-Claude Juncker, reuniram-se nesta tarde na Casa Branca. De acordo com a agência Reuters, a rede de notícias americana CNBC informou, citando a agência Dow Jones que, por sua vez, citou uma fonte oficial da UE, que Trump assegurou concessões da União Europeia para evitar uma guerra comercial.

“Trump teria sinalizado uma possibilidade de acordo, com um discurso mais ameno em relação à União Europeia. Apesar de não achar que será bom como antes, isto é, haverá algum tipo de aumento na tarifação, só o discurso menos ‘brigão’ do presidente já deixa o mercado mais tranquilo”, disse Aldo Moniz, analista da Um Investimentos.

As bolsas americanas fecharam no azul. O Dow Jones, principal índice de Nova York, avançou 0,68%. Os mercados da Europa, por outro lado, caíram com a pressão das montadoras. A GM e a Fiat disseram que cortaram as previsões de lucro para 2018 devido às tarias impostas pelos EUA.

Por aqui, o Ibovespa foi impulsionado por balanços fortes do Santander e também do Grupo Pão de Açúcar. “Depois do pessimismo que vimos com a crise dos caminhoneiros, dados vieram menos ruins do que o esperado e há expectativas boas para os balanços corporativos”, observa Moniz.

Fonte: bahianoticias.com.br

Foto: Reprodução / Market Watch