ELE ESTAVA DISPOSTO A MATAR TODO MUNDO, DIZ JOVEM QUE FOI BALEADO EM ATAQUE À ACADEMIA NA NOVA ESPERANÇA

A Pombal FM esteve na segunda-feira, 14, no povoado Nova Esperança, onde no dia 12 de outubro, ocorreu o ataque na academia, quando um jovem armado acabou matando Gilvonildo Santos Lubarino, 26, que malhava no momento e ferindo Igor de Jesus Santos, 21, instrutor da academia.

Depois de passar 9 dias hospitalizado para se recuperar do tiro que atingiu um dedo e o pescoço, Igor tenta retomar sua vida e disse que jamais imaginou passar pela situação de ver um amigo perder a vida e quase perder a sua por uma ação de meliantes que não pensam em trabalhar, que não têm o que fazer e chagam atirando em quem não tem envolvimento com coisas erradas. “Mesmo não sendo justo matar ninguém, mas se era para matar, que matasse quem tinha a ver.”

  • Sobre o amigo que não teve a mesma sorte que ele e acabou morrendo na ação criminosa, ele disse que está muito sentido e que Lubarino era uma pessoa muito boa e alegre. “Em mim, fica o trauma, mas fazer o quer, né?, disse em tom de lamentação.IGOR 01 1024x768 - ELE ESTAVA DISPOSTO A MATAR TODO MUNDO, DIZ JOVEM QUE FOI BALEADO EM ATAQUE À ACADEMIA NA NOVA ESPERANÇAIgor de Jesus Santos, instrutor da academia que foi baleado

As lembranças que ele tem sobre aquele momento dramático é de que estava trabalhando e devido a um vento forte, resolveu encostar a porta da academia, logo depois  ouviu quatro disparos do lado de fora, foi quando o rapaz que era o alvo, empurrou a porta e entrou na academia e o que vinha em sua perseguição, já entrou  atirando.

Igor revelou que pediu para que o bandido não atirasse nele porque nada tinha a ver, mas não adiantou e recebeu o tiro no dedo, que depois atingiu o seu pescoço, e ao cair, fez-se de morto para não ser executado.

Ele confirmou que outra pessoa, conhecida por Galego, só não morreu porque a arma do bandido descarregou e deu tempo do amigo fugir.. Igor revelou que na visita que o Galego fez quando ele estava no hospital, confessou que ia embora porque ficou traumatizado, e que desde aquela visita ele não viu mais o amigo.

Ele revelou que só teve coragem de voltar à academia na última sexta-feira, 29 dias após da ação criminosa e sentiu tudo muito estranho por lembrar que um amigo foi morto naquele local numa circunstância daquela. ” É muito triste’.

Sobre Gilvonildo Lubarino, ele disse que se tratava de uma pessoa muito boa e que os integrantes da banda da qual ele fazia parte não conseguem encontrar forças para voltar a tocar, inclusive para fazer uma homenagem à memória dele.

Ele não soube confirmar se o bandido que foi morto em outubro pela polícia em no fim de outubro seja o mesmo que tenha cometido os crimes na academia, porque  estava vestido de calça tipo do exército, blusão, botas, capacete, luva e só o delegado pode confirmar isso, pois foi quem fez os procedimentos técnicos, como o exame de balística. “Ele disse que foi, quem somos nós para desacreditar dele”, referindo à investigação policial.

Quando perguntado se ainda voltaria a trabalhar na academia, ele disse que é preciso parar e pensar porque a cena foi muito forte e nunca imaginou passar  por uma situação tão trágica.

Redação e fotos localhost/sitepombal