Os números foram divulgados nesta sexta-feira (5) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 12 meses, o indicador acumula alta de 10,71%, permanecendo acima do teto de 6,5% do sistema de metas do Banco Central e bem distante do objetivo central de 4,5%. De acordo com o IBGE, esse é o resultado mais elevado desde novembro de 2003, quando o aumento acumulado foi de 11,02%.
A expectativa dos economistas para o IPCA fechado deste ano é de 7,26%, de acordo com o boletim Focus, do Banco Central, mais recente.
No primeiro mês do ano, o que mais pesou no bolso do brasileiro foram os gastos com alimentação e bebidas, que ficaram 2,28% mais caros, e transportes, que subiram 1,77%. Segundo o IBGE, esse aumento no preços dos alimentos foi o maior desde dezembro de 2002, quando chegou a 3,91%.
Os produtos consumidos dentro de casa subiram 2,89%, mais do que a alimentação fora de casa, que avançaram 1,12%. Neste mês, ficaram mais caros, por exemplo, cenoura (32,64%), tomate (27,27%), cebola (22,05%) e batata-inglesa (14,78%).
No grupo transportes, o que mais contribuiu para a alta foi o reajuste de 3,84% do transporte públicos e do avanço de 2,11% no preço dos combustíveis. As tarifas dos ônibus urbanos, por exemplo, tiveram aumento de 5,61% e dos intermunicipais, de 6,14%.
A queda de 6,31% no preço das passagens aéreas freou o aumento dos preços dos transportes, que poderia ter sido ainda maior.
Os gastos relativos à habitação também pesaram mais. De 0,49%, a variação passou para 0,81%, puxado pelo reajuste da energia elétrica, que subiu 1,61%, “por influência de aumentos ocorridos nos impostos, especialmente nas contas da região metropolitana de Porto Alegre, que ficaram mais caras em 8,70%, com pressão do PIS/COFINS e ICMS.”
Rio de Janeiro mais caro
O IPCA mais alto partiu da região metropolitana do Rio de Janeiro (1,82%), pressionado pela alta nas tarifas dos ônibus urbanos (10,59%), ônibus intermunicipais (8,62%) e táxi (8,76%). Já o menor índice foi o da região metropolitana de Curitiba (0,73%).
INPC
Nesta sexta-feira (5), o IBGE também divulgou a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usada no cálculo do reajuste do salário mínimo. O indicador apresentou variação de 1,51% em janeiro, acima do resultado de 0,90% de dezembro. Em 12 meses, o índice ficou em 11,31 e, em janeiro de 2015, a taxa havia ficado em 1,48%.
Fonte: G1