A Justiça recebeu nesta terça-feira (15) duas denúncias oferecidas pelo Ministério Público (MP-BA) contra 11 policiais militares apontados como integrantes de milícias que vinham atuando na Bahia. Os policiais são investigados pela operação Alcateia, deflagrada em outubro deste ano com o objetivo de desarticular a organização criminosa. Os agentes são acusados pela morte de dois homens nas cidades de Paulo Afonso e Glória, ambas na região de Itaparica.
Pela morte de Fabiano Santos, assassinado em Paulo Afonso em 2018, foram denunciados três policiais pelo crime de homicídio qualificado por motivo torpe e impossibilidade de defesa da vítima. Já pelo assassinato de Cícero Santos Ramos, também em 2018 na cidade de Glória, outros oito policiais foram denunciados por homicídio qualificado. Cinco deles ainda responderão por crime de furto. Conforme a denúncia, eles levaram R$ 12 mil em espécie da casa de Cícero.
De acordo com o MP-BA e segundo as denúncias oferecidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), as versões apresentadas pelos policiais militares, para os acontecimentos que resultaram na morte das duas vítimas, são contraditórias às provas colhidas na investigação. “No caso do assassinato de Fabiano Santos, o ‘exame residuográfico não encontrou partículas de chumbo nas mãos da vítima, indicando que ela não efetuou disparos de arma de fogo’, como alegado pelos PMS. Quanto à morte de Cícero Ramos, ‘as informações apuradas são no sentido de que a vítima não tinha armas nem drogas no local, diferente do narrado pelos denunciados”, informou o órgão.
Fonte: bahianoticias.com.br/
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