Um mês e dois dias após a ação criminosa que resultou na morte de Gilvonido Lubarino Santos, 26, e feriu Igor de Jesus Santos, 21, em uma academia de Nova Esperança, a Pombal FM voltou ao povoado e conversou com o pai da vítima fatal e com o jovem que levou um tiro no pescoço, mas teve uma sorte melhor que a de Gilvonildo e conseguiu escapar como vida depois de passar catorze dias no hospital.
Na conversa, João Lubarino disse que não conseguiu se recuperar do abalo que sofreu devido à morte do filho. Nesses trinta dias, já perdeu quatro quilos e sequer tem ânimo para ligar a sua TV para assistir a alguma programa. “Perder o filho que morava comigo, uma pessoa trabalhadora, sincero, honesto, uma pessoa do bem, querida, todo mundo gostava dele, que estava malhando na academia como de costume”, desabafou.
Quando perguntado se de alguma forma foi feito justiça devido o suspeito da morte de seu filho ter sido morto pela polícia poucos dias após o crime, o pai da vítima disse que de uma certa forma sim, mas que isso não traz o filho de volta. Para ele as ações de segurança devem ser adotadas com antecedência para que se evite a morte de inocente, como a de Gilvonildo.
Evangélico, João Lubarino tem seis filhos, mas só Gilvonildo morava com ele na companhia da madrasta, Terezinha Santos de Matos. Ele revelou que Gilvonildo não via a mãe biológica há oito anos e talvez ela sequer saiba de sua morte, pois o celular que ele tinha com o contato dela, foi roubado aqui na cidade dois meses antes de ser morto.
Segundo ele, nos setenta anos em que mora na localidade nunca viu um episódio com tais características. Ele lamentou a falta de atenção das autoridades e a fragilidade das leis que permitem que pessoas como esta que tirou a vida de seu filho, sejam tiradas de circulação apenas depois que um cidadão de bem perde a vida.
A prima de Gilvonildo, que não quis gravar entrevista, Edna Lubarino, disse que os integrantes do grupo musical do qual o primo fazia parte nunca mais sentiram motivação para ensaiar, inclusive eles já tentaram homenageá-lo com a realização de um luau no túmulo, mas falta inspiração diante da perda do amigo que tocava violão nos momentos de lazer e descontração da sua turma de amigos.
Ela aproveitou para agradecer as inúmeras mensagens que a família recebeu não só dentro da comunidade como de outros lugares, o que demonstra o carinho que as pessoas tinham por ele.
Em breve, estaremos publicando aqui também a matéria sobre a entrevista de Igor de Jesus Santos, 21, que estava naquele fatídico dia na academia, e foi baleado no pescoço.
Redação e fotos Pombal FM