Agenor Severino da Costa, 83, desde muito jovem lida com o gado. Ao longo de sua vida, enfrentou muitos períodos de estiagem e já viu parte de sua criação morrer por falta de água e pasto durante secas históricas.
Mas as intempéries não são fortes o suficiente para fazê-lo desistir daquilo que mais gosta e sabe fazer: cuidar do gado.
No momento, Seu Agenor é personagem de mais um capítulo desse drama que faz o sertanejo lamentar perdas de lavouras e rebanho.
Debaixo de sol forte, calor intenso e com suas limitações físicas pelos longos anos vividos, ele cumpre uma rotina de guiar suas 30 cabeças de gado entre sua propriedade, no Bendó, Heliópolis, e outra alugada, alternando a presença dos animais em dois pastos porque em um deles só resta o chão empoeirado e o outro segue a mesma tendência.
A aguada e as palhas da plantação de milho que não vingou já acabaram. E para alimentar os animais, ele compra ração e sal mineral. Mesmo vivendo tal situação Seu Agenor não perde a esperança e por enquanto não pensa em se desfazer do seu pequeno rebanho.
Os pingos de chuvas que caíram durante a manhã do último domingo naquela região, não deram sequer para baixar a poeira, mas para ele serve como sinal de que a chuva vai chegar e ele seguirá a sua vida em contato com o gado porque é isso que ele gosta e mais sabe fazer, conforme disse à reportagem da Pombal FM, enquanto as lágrimas rolavam por sua face.
Redação e foto Pombal FM