Os servidores do Judiciário baiano afirmaram nesta terça-feira (25) que continuarão com a greve da categoria, que já dura um mês, mesmo com a determinação do presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargador Eserval Rocha, de cortar o ponto dos grevistas. Em comunicado, o Sindicato dos Servidores Auxiliares do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sintaj), que representa os serventuários auxiliares, classificou o decreto assinado por Eserval como uma “quebra de confiança” por parte do TJ-BA, já que a instituição teria assegurado desde o início das negociações com a categoria que o presidente não tinha intenção de retaliar os grevistas. O Sintaj afirmou também que a legalidade da greve está garantida devido ao não pagamento da última parcela do Plano de Cargos e Salários, permitindo a continuidade do movimento paredista dentro da lei. O sindicato também esclareceu que já há um mandado de segurança que indefere a decisão de Rocha e ratificou que tem cumprido com a lei de greve, com o funcionamento de 30% do efetivo e dos serviços de emergência. Já o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário do Estado da Bahia (Sinpojud), que também representa servidores do Judiciário baiano, afirmou que foi pego de surpresa pelo decreto do presidente, já que, antes de iniciar a greve, “ingressou com Mandado de Segurança Preventivo, baseado na decisão do Superior Tribunal Federal (STF), que considera o salário do trabalhador em caráter de verba alimentar e não pode sofrer desconto”. O Sinpojud ainda salientou que a legislação sobre movimentos grevistas está sendo respeitada e aconselhou todos os servidores a cumprirem toda orientação dada desde o início da greve, como funcionamento das atividades com 30% do efetivo. Na tarde desta terça-feira (25), representantes das duas entidades foram à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), para pressionar os deputados a votarem o reajuste da categoria ainda hoje. Entretanto, a oposição deve pedir vista do projeto e deixar a votação para um próxima ocasião.