A terceira maior causa de morte no mundo está ligada ao tabagismo passivo, em função da inalação da fumaça de cigarro no ar. Segundo informações da Organização Mundial de Saúde (OMS), a causa está atrás apenas do tabagismo ativo e do consumo excessivo de álcool.
O tabagismo passivo em casa é responsável por sete mortes diárias no país, de acordo com dados de 2012 do Instituto Nacional de Câncer (Inca). No ambiente, a fumaça do cigarro possui, em média, o triplo de nicotina e de monóxido de carbono (CO), em relação àquela inalada pelo fumante ativo.
“A convivência com um fumante aumenta o risco de doenças cardíacas coronarianas, já que a fumaça possui substâncias que provocam lesões endovasculares”, explica Bruno Valverde, pneumologista do Hospital da Bahia.
Efeitos nocivos
Ainda segundo o Inca, fumantes ativos e passivos estão submetidos aos efeitos de mais de 4 mil substâncias tóxicas presentes no cigarro. Fumantes passivos sofrem, por sua vez, efeitos imediatos de irritação nos olhos, manifestações nasais e tosses.
Bruno Valverde alerta para o fato de não existir um nível seguro de exposição ao tabagismo passivo, ou seja, qualquer quantidade traz riscos à saúde. Dessa maneira, a melhor prevenção para os efeitos nocivos do cigarro é evitar ambientes contaminados com a fumaça.