Nomeação causou controvérsia porque o presidente escolheu o terceiro mais votado de uma lista tríplice enviada pela instituição ao Ministério da Educação (MEC)
Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para ser reitor da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), o professor doutor Fábio Josué Souza dos Santos toma posse na manhã de hoje (5), em Brasília (DF).
A portaria de nomeação foi publicada na última quinta-feira (1º), em edição extraordinária do Diário Oficial da União (DOU).
Fábio Josué substitui o reitor Silvio Soglia, que comandou a instituição no quadriênio 2015-2019.
Polêmica
A nomeação causou controvérsia porque o presidente escolheu o terceiro mais votado de uma lista tríplice enviada pela instituição ao Ministério da Educação (MEC). Segundo a Lei, o presidente pode nomear qualquer um dos três nomes apresentados, sem apresentar justificativa para o nome escolhido. No entanto, a escolha pelo primeiro colocado era uma tradição adotada desde o primeiro governo Lula.
Outros seis reitores já haviam sido escolhidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Em cinco dos casos, o primeiro colocado da lista tríplice foi nomeado reitor. Na Universidade Federal do Triângulo Mineiro, o segundo da lista foi escolhido.
Depois da nomeação, a Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições de Ensino Superior (Andifes) defendeu, em nota, que devem ser escolhidos pela Presidência como reitores e reitoras os eleitos em primeiro lugar pela comunidade acadêmica de cada instituição.
“Não respeitar a indicação de um primeiro lugar não é simplesmente fazer um juízo contrário à qualidade administrativa ou às posições políticas de um candidato ou candidata, mas, sim, de modo bastante grave, desqualificar a comunidade universitária e, também, desrespeitar a própria sociedade brasileira, atentando contra o princípio constitucional que preza a autonomia das universidades públicas”, afirma o comunicado.
Já a primeira colocada na lista tríplice, Georgina Gonçalves dos Santos, manifestou que a nomeação abre um precedente perigoso para as instituições de ensino.
Fonte: metro1