“O QUE NÃO PODE É FICAR COMO ESTÁ”, DIZ PRESIDENTE DA CÂMARA SOBRE O HOSPITAL GERAL SANTA TEREZA

O presidente da Câmara  Municipal de Ribeira do Pombal,  Roberto Alcântara (Bebeto),  recebeu a nossa reportagem em seu gabinete, momentos antes da Sessão Extraordinária realizada na última quarta-feira, 07, para discutir o novo Regimento Interno da Câmara, e na oportunidade falou sobre a proposta do governador Rui Costa de o Hospital Geral Santa Tereza ser administrado por um consórcio formado por 14 municípios da região.

O presidente disse que os vereadores votaram apenas a autorização para o prefeito Ricardo Maia assinar o protocolo de intenções, uma vez que a formação do consórcio é uma decisão dos municípios através de seus prefeitos, quando estes também receberem autorização de suas respectivas casas legislativas.

Ele disse que a formação do consórcio prevê  uma série de ações para a saúde. Por exemplo, a união dos municípios para administrar o hospital, que segundo ele “não trará nenhum ônus para nenhum município”, já que o governo do estado irá repassar integralmente o valor para administrar o hospital, podendo os municípios se consorciarem nesse sentido.

O mesmo vale para as policlínicas pretendidas pelo governo do estado com a parceria das prefeituras. Porém, caso os municípios não entendam como viável, já que para isso não haverá repasse do estado, eles podem tomar a decisão de não querer sem prejuízo para as outras parcerias, como a do Hospital Geral Santa Tereza ser gerido pelo consórcio.

“Cada caso específico será avaliado por cada município para ver a conveniência ou não”, explica o presidente, acrescentando que espera que as demais Câmaras Municipais autorizem seus respectivos municípios a assinarem esse protocolo de intenções porque só com ele os prefeitos poderão participar ativamente das discussões, mesmo que isso não signifique que eles vão assinar os protocolos de intenções para tudo, o que vai depender dos interesses de município.

Bebeto saiu em defesa de uma mudança na situação que está posta, pois a população não está satisfeita com a maneira como  o Hospital Geral Santa Tereza vem sendo administrado. “Eu participei da reunião com o prefeito Ricardo Maia, com o governo do estado e doze prefeitos da região, e a gente percebeu a insatisfação generalizada de todos os municípios da região”, disse se referindo ao modo como o hospital está sendo gerido.

Para ele a gestão sendo feita por um consórcio, “a população poderá cobrar de cada gestor”, entendendo que para cobrar da Fundação não é tão simples, pois dela a população não poderá cobrar politicamente como se poderá se fazer em relação aos prefeitos. “Eu acredito que para o Hospital e para a população, será interessante”, disse o presidente, ressaltando, porém, que o consórcio precisa se adequar, se especializar, contar com uma equipe técnica, que possa gerir de forma correta a unidade hospitalar regional.

Sobre os repasses feitos pelo governo, vistos como insuficientes para um melhor e mais amplo atendimento no HGST, Bebeto disse que acredita que o governador será mais sensível para ouvir 14 prefeitos do que ouvir uma fundação, seja ela qual for, deixando a entender que os municípios, através dos seus gestores, terão mais força para pleitear aumento nos repasses feitos para garantir uma administração mais condizente com o que a população espera do Hospital Geral Santa Tereza.

“O que não pode é continuar como está”, sentenciou.

Redação e foto localhost/sitepombal