Desdobramento da audiência do governador com a presidente Dilma Rousseff no último dia, o governador se reuniu nesta quarta-feira (25) com secretários de Estado para formular um plano de ações emergenciais para estiagem que será encaminhado ao governo federal “o mais breve possível”. Entre as medidas determinadas por Rui está a sistematização de ações de execução rápida e a solicitação de redes de abastecimento, cisternas, sistemas de água, dessalinizadores, carros-pipa para zona rural. Segundo o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, foram apresentadas durante o encontro todas as ações que precisam ser desenvolvidas em caráter emergencial. “O governador analisou os projetos, a exequibilidade, e a partir daí consolidamos a lista de obras emergenciais para enfrentar a seca não somente no entorno de Sobradinho, mas em todo o semiárido”, explicou. De acordo com o secretário estadual de Infraestrutura Hídrica e Saneamento (SIHS), Cássio Peixoto, as ações são “transversais, laterais, simultâneas e objetivas”, coordenadas pela Casa Civil sob orientação do governador Rui Costa. “Nós já estamos atendendo a cinco municípios à margem do Lago de Sobradinho, oferecendo tubulação, bombeamento, kits de irrigação, de forma a amenizar esta situação tão crítica. A ideia é atingir mais territórios de identidade e levar isso ao governo federal para que possa ser entendido como a situação de emergência e crítica que está sendo vivida na Bahia”, detalhou. Quase 150 municípios estão em situação de emergência por causa da seca, segundo o secretário de Desenvolvimento Rural (SDR), Jerônimo Rodrigues. “Além das ações emergenciais, estamos em fase de preparação de mais infraestrutura, já que a previsão de chuva não é tão boa para o semiárido. O governador foi muito incisivo e defende a criação de pontos de água permanentes. Vamos fazer um edital para garantir estes recursos”, informou o titular da SDR. Por meio da Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), a secretaria iniciou uma ação de ampliação de área de captação de água em barragens, além de ações de gestão de água, para que os sistemas simplificados possam ser administrados pelas próprias comunidades, com tarifas sociais. “Vamos capacitar estas pessoas e custear para que as centrais não deixem faltar água, principalmente nas comunidades rurais”. O detalhamento do plano será apresentado ao Ministério da Integração ainda este ano, para garantir os recursos necessários.
Fonte: Bahia Notícias