A presidente Dilma Rousseff separou um breve momento do seu pronunciamento nesta sexta-feira (4) para defender o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Dilma manifestou o seu “mais profundo absoluto inconformismo com o fato de Lula, que por várias vezes compareceu de forma voluntária para prestar depoimento às autoridades, seja submetido a desnecessária condução coercitiva”. “O respeito nas investigações passa por adoções de medidas proporcionais, que não sejam gravosas para o esclarecimento dos fatos”, afirmou. Após a defesa do correligionário, Dilma direcionou sua fala para rebater as acusações que surgiram nesta quinta-feira (3), numa suposta delação premiada do senador Delcídio do Amara (PT-RS). “Nas declarações atribuídas a Delcídio, nenhum elemento novo foi apresentado para propiciar qualquer alteração no entendimento do PGR. Quero lembrar que, a primeira parte dos 50% autorizados pela Petrobras foi em 2006, o segundo não foi autorizado pelo conselho, porque o conselho foi informado que haviam duas cláusulas que não constavam da informação inicial. Recorde-se ainda que Delcídio não integrava nenhum dos conselhos da Petrobras”, afirmou, sobre a compra de Pasadena. Dilma disse ainda que nunca fez nenhum movimento junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para aliviar as investigações da Lava Jato. “Nessa hipotética delação, Delcídio informava que eu teria feito injunção para mudar rumos da Lava Jato. Em nota, o presidente desmentiu essa absurda versão, afirmando que o objeto da reunião foi exclusivamente a reunião sobre um projeto de lei do reajuste dos servidores. A premência da reunião se dava ao fato da greve e os ministros juntamente com ministro Cardozo estavam em Coimbra”, disse. A presidente negou ainda a indicação de ministros ao STJ que pudessem favorecer o seu grupo político e disse que a afirmação sobre a sua interferência na CPI dos Bingos é infundada pela temporalidade.
Fonte: Bahia Notícias